quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Evolução Humana

Assista ao vídeo abaixo, leia o texto Variedade simultânea de hominídeos e pesquise na internet o hominídeo escolhido pela sua equipe através dos links disponibilizados como Homo, Australipithecus e outros mais e responda a atividade abaixo do vídeo:



Este documentário pode ser visto na íntegra no site do youtube entitulado La evolucion del hombre e está dividido em mais de dez partes!




Variedade simultânea de hominídeos

Quanto mais se recua para o passado, mais bichos entram para o círculo de parentesco do homem. As diferenças com o homem vão ficando cada vez maiores, mas algumas características básicas da humanidade são preservadas. A primeira linha horizontal da tabela agrupa todos os membros da ordem dos Primatas. Essa ordem agrupa os bichos mais parecidos com o homem entre todos os mamíferos. Nesse nível, até os pequenos lêmures, semelhantes aos roedores, são parentes nossos. A segunda linha é a subordem dos antropóides, que se opõem aos prossímios. Em seguida, vê-se a família do homem, a dos hominídeos. O ramidus, por ter sido hominídeo, está mais próximo do homem do que o chimpanzé. Este, com o gorila e o orangotango, é da família dos pongídeos, a mais próxima dos hominídeos, entre os antropóides. A linha seguinte mostra os australopitecos, onde duas espécies - o ramidus e o afarensis - estão na linhagem do homem. O africanus, do mesmo gênero, tinha traços divergentes. Não é considerado ancestral humano. Aí reside a importância do ramidus, que pode fornecer dados precisos sobre essa era de transição. Os paleoantropólogos estão diante de um mundo em que os animais da linhagem humana eram muito mais numerosos do que hoje, confundindo-se com australopitecos, macacos e outros animais. Era muito mais interessante que o mundo atual, em que os únicos hominídeos somos nós.
No norte do Quênia, em um sítio de escavação de fósseis às margens do Lago Turkana, os paleantropólogos descobriram que pelo menos quatro tipos de hominídeos disputavam a hegemonia do planeta há cerca de 1,8 milhão de anos. Vestígios de fósseis do Australopithecus boisei, do Homo rudolfensis, do Homo habilis e do Homo ergaster (erectus) datados desse período, comprovam que eles andaram sobre a mesma savana e é bem provável que tenham se cruzado. Havia vários tipos de hominídeos vivendo simultaneamente (em uma mesma época) nesta região africana. Como foi esse encontro? É difícil dizer. Mas os pesquisadores sabem que "convivência" não é a palavra mais adequada para definir o que deve ter ocorrido. O que se sabe é que, a não ser pelo fato de serem bípedes e usarem ferramentas (toscas, feitas de pedra), eles não tinham quase nada do que hoje define o homem moderno. Desde a década de 70, os paleantropólogos sabem que antes de qualquer vestígio cultural, como a troca de alimentos entre grupos, ou anatômico, como aumento do cérebro, o traço mais importante que marca o início da história do homem é termos nos tornado bípedes. Foi graças a Lucy, o esqueleto de Australopithecus afarensis com 3,2 milhões de anos achado na Etiópia em 1974 (batizado em homenagem à música dos Beatles "Lucy in the Sky with Diamonds"), que os pesquisadores concluíram que andar sobre dois membros foi a mudança decisiva que nos separou dos outros macacos. O esqueleto de Lucy, na época o mais antigo fóssil de nossos ancestrais já encontrado, era semelhante ao do homem moderno. Mas seu crânio era mais parecido com o de um chimpanzé: o cérebro de Lucy tinha o tamanho de uma mexerica.
Mas essa hipótese, como tantas outras na história das teorias da evolução, vem sendo questionada. Em 1994, o antropólogo Tim White, da Universidade da Califórnia, encontrou, também na Etiópia, fósseis com 4,4 milhões de anos. Como esses fragmentos de ossos são mais primitivos do que os de Lucy, eles chamaram as novas espécies de Ardipithecus ramidus. (Ardi, na língua local significa chão e ramidus, raiz.) Ao lado dos fósseis, ossos de animais, madeira petrificada e outros vestígios indicam que a região era cheia de árvores quando o ramidus vivia por lá. Menos de um ano depois da descoberta do ramidus, a paleantropóloga Meave Leakey - mulher do legendário caçador de fósseis Richard Leakey, autor de best-sellers como The Sixth Extinction - encontrou no Quênia fósseis de outra espécie, o Australopithecus anamensis, um pouco mais jovem: 4,2 milhões de anos. O anamensis era certamente bípede. E o número de ancestrais vem aumentando desde então. No ano passado, foi a vez do Australopithecus garhi, um elo provável que liga espécies primitivas como o afarensis aos primeiros humanos. A cada nova descoberta, surgem novas evidências de que umas espécies estavam acompanhadas de outras. E de que esse número de hominídeos que disputavam a primazia de virar aquilo que hoje chamamos de espécie humana deve aumentar. "Essa quantidade de espécies ainda é pequena em relação ao que devemos encontrar daqui a alguns anos", diz Ian Tattesall, antropólogo do Museu Americano de História Natural e autor do livro Extinct Humans, lançado em agosto deste ano nos Estados Unidos. Para ele, o quebra-cabeça da evolução vai se mostrar maior e rico em detalhes do que os velhos modelos que explicavam nossas origens jamais supuseram.
Se você pensa que é diferente dos macacos porque tem o cérebro maior que o deles, e acredita que foi por ser mais inteligente que começou a andar com duas pernas, bem, você errou. O seu crânio é mesmo maior, mas o que separou você dos macacos foram os pés. Para os antropólogos, a massa cinzenta do homem só cresceu depois que seus primeiros ancestrais, os hominídeos, ficaram eretos. Aí, tiveram as mãos livres para confeccionar instrumentos e para outras artes - e foram essas tarefas que estimularam o aprimoramento do raciocínio. Se nosso passado foi tão rico em diversidade de espécies, por que somente nós, Homo sapiens, sobrevivemos? Que diferencial nos garantiu sobrepujar os hominídeos que disputavam conosco o direito de continuar existindo? Nenhum paleantropólogo de bom senso arriscaria responder assertivamente a essas perguntas. Mas é bastante provável que as respostas venham a ser dadas por um único evento: a chamada explosão criativa do paleolítico superior. Apesar de a biologia molecular estimar que o Homo sapiens tenha surgido há cerca de 200 000 anos, foi só por volta de 45 000 anos atrás que ele desencadeou essa revolução tecnológica. Trata-se de um período de acelerado desenvolvimento da linguagem e da produção de ferramentas. Em conseqüência, a capacidade de se comunicar e de guerrear evoluiu muito mais entre os Homo sapiens do que entre as outras duas espécies - o Homo erectus na Ásia e o Homem de Neanderthal na Europa e no Oriente Médio - que disputavam com eles a hegemonia do planeta. Os pesquisadores acreditam que, em vários momentos, o Homo sapiens deve ter tentado sair da África e entrar na Europa pelo Oriente Médio - mas foi provavelmente barrado pelos Neanderthais, que eram mais fortes. Em Israel há diversos sítios com vestígios de que sapiens e Neanderthais viveram próximos. Há quem acredite que o fóssil de uma criança encontrado em Portugal possa ser de um filho de um neandertal com sapiens, apesar de a maioria dos pesquisadores achar impossível chegar a essa conclusão a partir dos ossos de uma única criança.
Logo depois da explosão criativa, nossa espécie teria conseguido entrar na Europa. Seguramente à custa das novas ferramentas e da sua capacidade de comunicação. (Imagine um Neanderthal tentando avisar outro, com grunhidos, da chegada de um grupo de ataque organizado.) Ninguém sabe como os Neanderthais se extinguiram. E nem os erectus, que eram ainda mais atrasados. Não há vestígios suficientes que comprovem que essas espécies tenham sido exterminadas pelas novas armas e capacidades do Homo sapiens. É possível que essa extinção tenha ocorrido indiretamente pela disputa de recursos naturais. Para o inglês Christopher Stringer, do Museu de História Natural de Londres, foi a migração do sapiens sapiens da África para a Europa que levou à extinção dos neandertais. O choque físico e cultural entre as duas espécies teria ocorrido nos últimos milhares de anos que antecederam o sumiço de uma delas. O cientista argumenta que os sapiens migrantes teriam chegado em grande número e tomado as meIhores regiões de seus tradicionais ocupantes. Mas ninguém precisa sentir culpa por esse terrível caso de extinção de uma espécie. As relações entre as duas populações não teriam sido violentas a ponto de levar a um massacre. Stringer pensa em algo bem mais sofisticado, pois atribui o desaparecimento à legítima competição por alimentos e outros recursos. "Nesse combate, o neandertal gradualmente saiu perdedor”. É possível checar tais argumentos. Cálculos simples mostram que um acréscimo de apenas 2% na taxa média de mortalidade, devido a doenças, seria o suficiente para extinguir os neandertais no curto prazo de 1000 anos. Uma eventual deficiência alimentar, ou mera insalubridade, poderia provocar tal situação. Além disso, existem outras possibilidades, ligadas a questões climáticas e morfológicas: o neandertal pode ter sofrido com o aumento gradual da temperatura na Europa, pois estava superadaptado ao clima frio da Era Glacial. De maneira um pouco menos convincente, também se especula que ele teria sido prejudicado por não ser fisicamente capaz de falar.
Essa suposição é aventada pelo antropólogo e anatomista Jeffrey Laitman, da Escola de Medicina Monte Sinai, de Nova York. O homem, diz Laitman, é o único mamífero terrestre que tem a placa óssea em forma curvilínea. Ela é uma peça fundamental no aparelho fonador, pois liga o céu da boca à laringe, na parte inferior da caixa encefálica. O fato de ela ser curvilínea abre espaço para a entrada de ar e facilita a produção e articulação de sons complicados no final da traquéia. Para chegar ao modelo atual, a morfologia humana mudou gradualmente ao longo de 1,5 milhão de anos - mas o neandertal não acusa sinais significativos dessa alteração. Sua placa óssea é relativamente plana, analisa Laitman. O problema é associar esse traço morfológico com algo tão complexo quanto a fala. Como criticam alguns lingüistas, o papagaio não tem placa nenhuma e isso não o impede de produzir sons. Em todo o caso, se a tese de Laitman puder ser confirmada, certamente traria desvantagens ao neandertal. A linguagem é essencial para se planejar ações futuras, ou para rever ações passadas. Por meio de símbolos (sonoros ou escritos), a linguagem "representa" os fatos na mente e permite raciocino, ou seja, mudar ou desfazer as ações imaginárias, como se fossem reais. Então, mesmo que o neandertal pudesse falar, mas tivesse uma linguagem pobre, isso o prejudicaria, na competição com o sapiens sapiens. Essa variante menos radical da tese de Laitman é defendida pelo arqueólogo Lewis Binford, da Universidade Metodista Meridional, Estados Unidos. Seja qual for a razão, o fato é que, há cerca de 30 000 anos, desapareceram todos os rastros do neandertal no tempo e no espaço.
O que dá para dizer é que o surgimento do que chamamos de cultura - que começou exatamente há 45 000 anos com a explosão criativa - marcou também o próprio surgimento do homem moderno. Essa é a grande esquina da história que determinou que o Homo sapiens seria a primeira espécie animal a deixar de depender da evolução natural para se desenvolver. Daquele momento para cá, mas especialmente daqui para diante, poderá até haver algumas mudanças leves na configuração da nossa espécie. Mas, para o bem e para o mal, estamos aqui para ficar.

Texto adaptado da revista superinteressante




Procurem responder as seguintes questões:
1ª)Quando surgiu o hominídeo pesquisado pela equipe?
2ª)Com quais outros hominídeos conviveu?
3ª)Quais as características do hominídeo pesquisado quanto a:
a) Volume craniano
b) Tipo de alimentação
c) Habilidades
4ª)Quando deixou de existir este hominídeo? Quais motivos levaram a sua extinção?

2 comentários:

mica disse...

ola nelson ate que fim consegui

Mágico Dragon disse...

Parabéns continue visitando o blog!

Nelson Marques Andrade