segunda-feira, 8 de junho de 2020

Totalitarismos e Neonazifascismo

Neste o vídeo o Mágico Dragon que também é Professor de História pós graduado pela UFBA explica de forma clara e didática sobre os principais movimentos totalitários do século XX e contextualiza com o atual Neonazifascismo do século XXI. Este vídeo é fruto de um árduo trabalho de síntese e processamento de informações feito pelo Mágico Dragon.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Gripe Espanhola no Mundo

Neste vídeo o Mágico Dragon, que também é Professor de História pós graduado pela UFBA, explica à luz dos acontecimentos do coronavirus, como ocorreu em 1918 a Pandemia da Gripe Espanhola. Este sem sombra de dúvidas é o vídeo mais completo sobre esse assunto que você verá! Este vídeo é resultado de um árduo trabalho de síntese e processamento de informações feito pelo Mágico Dragon! Espero que goste desse vídeo que é uma mensagem de esperança para o que estamos enfrentando agora em 2020!

domingo, 13 de março de 2011

Estudar o passado para entender o presente

Esta foi a principal mensagem de nosso primeiro assunto em sala: História como Ciência. Levando em consideração os assunto trabalhado em sala, as imagens e a música de Jorge aragão Moleque Atrevido Quem foi que falou Que eu não sou um moleque atrevido Ganhei minha fama de bamba No samba de roda Fico feliz em saber O que fiz pela música, faça o favor Respeite quem pode chegar Onde a gente chegou Também somos linha de frente de toda essa história Nós somos do tempo do samba Sem grana, sem glória Não se discute talento Mas seu argumento, me faça o favor Respeite quem pode chegar onde a gente chegou E a gente chegou muito bem Sem a desmerecer a ninguém Enfrentando no peito um certo preconceito e muito desdém Hoje em dia é fácil dizer Que essa música é nossa raiz Tá chovendo de gente que fala de samba e não sabe o que diz por isso vê lá onde pisa Respeite a camisa que a gente suou Respeite quem pode chegar onde a gente chegou E quando pisar no terreiro Procure primeiro saber quem eu sou Respeite quem pode chegar onde a gente registrem aqui as respostas que vocês elaboraram em equipe sobre: 1 - O que as imagens tem haver com história? 2 - O que a música tem haver com história? Logo abaixo do vídeo está a parte postar comentário. É nela que vocês irão escrevar as respostas de vocês. Não se esqueçam de colocar os seus nomes.

sábado, 9 de agosto de 2008

Expansão Marítima

Assita aos vídeos, leia o texto Navegadores e marinheiros e acesse ao link relativo a história de Portugal em seguida responda a questão proposta.

Especiarias



1492 - A Conquista do Paraíso
Vídeos sobre a expedição de Colombo






Navegadores e marinheiros

A expansão marítima surgiu de uma necessidade de aumentar o percurso por mar com intuito de reduzir os altos custos de transporte por terra ampliando a lucratividade nas vendas dos produtos vindos do oriente e crescer a quantidade de mercadorias trazidas de lá. Os portugueses bem antes da viagem às Índias, já ganhavam bom dinheiro vendendo açúcar plantado nos Açores. Mas queriam vender especiarias. "Naquele tempo não havia geladeira e a conservação da comida era um grande problema", diz o pesquisador Victor Rodrigues, do Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga de Lisboa. "As especiarias melhoravam o gosto dos alimentos deteriorados". Cravo, canela, noz moscada, gengibre e pimenta davam um sabor exótico. Custavam caro e eram apreciadas pelos ricos.
Com a tomada de Constantinopla pelos turcos (islamistas), em 1453, a viagem das especiarias complicara-se. Elas iam de navio para Jedá (rota marítima curta), na Arábia, em camelos para Damasco, na Síria, e de lá para Alexandria ou Beirute (rota terrestre), onde eram embarcadas para Veneza (pelo mar Mediterrâneo). Antes de 1497, os venezianos compravam 10 toneladas de especiarias por ano. No porão das naus, o volume (e o lucro) das cargas disparou: Cabral trouxe 100 toneladas das Índias; Vasco da Gama trouxe 1 500 toneladas, em 1502.
Em 1487, a dupla Pero Covilhã e Afonso de Paiva recebeu uma missão impossível: ir às Índias e descobrir, na África, o lendário rei cristão da Etiópia, Preste João, com quem os portugueses pretendiam aliar-se para reconquistar Jerusalém dos mouros. Os dois foram para Barcelona, Gênova e Alexandria, onde se separaram. Disfarçado de árabe, Covilhã foi de caravana até Áden, na Arábia, onde tomou um navio para Calicute. Andou na Índia e na Pérsia. Cruzou o Oceano Índico e voltou para a África. Foi ao Cairo para reencontrar Paiva, mas o companheiro morrera. Passou, então, aos emissários do rei de Portugal, informações que foram preciosas para a viagem de Vasco da Gama. E, embora cansado, assumiu a missão de Paiva: foi por terra até a Etiópia e visitou o rei Alexandre. Foi o primeiro a perceber que os cristãos etíopes eram muito pobres. E cercados por árabes. Jamais voltou a Portugal.
Bartolomeu Dias levou três caravelas ao extremo sul da África, uma só com suprimentos para enfrentar falta de alimento. Navegou quatro meses. Enfrentou motins da tripulação desesperada e ventos na África do Sul, mas, em agosto de 1487, conseguiu dar a volta ao Cabo das Tormentas (que após este momento passou a ser chamado Cabo da Boa Esperança). Voltou para Lisboa e ajudou a construir os navios de Vasco da Gama. Acompanhou sua esquadra até o arquipélago do Cabo Verde, mas ficou por lá. Em 1500, embarcou na armada de Cabral, esteve no Brasil, mas, ao dobrar novamente o Cabo da Boa Esperança, uma tempestade afundou seu navio. Morreu sem ir às Índias.
A chegada de Vasco da Gama à Índia não foi das mais cordiais. O samorim (rei) de Calicute sorriu com desdém quando o português mostrou os presentes que trazia: capuzes, chapéus, três bacias, uma caixa de açúcar, dois barris de azeite e dois potes de mel. Reles bugigangas. "Então foi para isso que o Ali Malandi (almirante) viajou tanto?" Aquele encontro, no dia 28 de maio de 1498 (oito dias após a chegada), foi um desastre. Os navios de Vasco da Gama foram imediatamente presos no porto. Quando os indianos passavam, cuspiam no chão e amaldiçoavam: "Portugal, Portugal". Vasco, então, jogou pesado, como era seu estilo. Seqüestrou seis nobres que subiram a bordo e obrigou o samorim a negociar. O indiano chamou-o e pediu mais seriedade. Se os portugueses queriam comércio, tudo bem, mas que trouxessem ouro, prata e tecidos de qualidade. E vermelhos, por favor. Foi assim, sob total desconfiança, que o comércio entre a Europa e Ásia foi reinaugurado.
A expedição reuniu o dream team da navegação portuguesa, escalado pelo rei. Pero de Alenquer era o melhor piloto do mundo. Pero Escobar descobrira o Congo, em 1485. Mesmo assim, dos 160 homens e quatro caravelas que partiram, só 55 voltaram, em dois navios. Logo na saída, um nevoeiro fez com que a esquadra se perdesse, só se reencontrando mais tarde. Na África, houve escaramuças com nativos. Para aproveitar os ventos do alto mar, a frota afastou-se bastante da costa (veja o mapa). Três meses depois da partida, dobrou o Cabo da Boa Esperança. No sétimo mês, as gengivas dos marinheiros começaram a apodrecer e as pernas ficavam roxas. Era o escorbuto, a doença causada pela falta de vitamina C. Morreram muitos. Uma nau foi queimada e a tripulação redistribuída. Em março de 1498, chegaram ao porto de Moçambique. Pela primeira vez, viram barcos árabes. O cais fervilhava de seres exóticos, de roupas coloridas e toucas com fios dourados. Havia carregamentos de ouro, prata, gengibre, pérolas e rubis. Era outro mundo. Com a ajuda de pilotos nativos, bordejaram a costa até Mombaça (hoje, no Quênia). O sultão local mandou laranjas para mostrar que era de paz, mas Vasco não desembarcou. Fez muito bem: escapou de um ataque à sua nau. Dali em diante, toda escala significava emboscada. "A sorte era que, apesar de dominarem a costa", diz o historiador Antonio Farinha, da Universidade de Lisboa, "os muçulmanos se dividiam em reinos rivais”. Graças à essa rivalidade, a sorte dos portugueses mudou. Quando chegaram em Melinde (também no Quênia), o sultão era amigável. Propôs uma aliança. Com a ajuda dele e de um piloto muçulmano hindu, a frota tomou uma decisão radical: afastar-se da costa e cruzar o Oceano Índico. Foi até fácil. No dia 20 de maio de 1498, chegaram em Calicute.
Cometaram uma gafe atrás da outra. Queriam tanto acreditar que os hindus eram cristãos, que confundiram um templo com uma igreja e uma estátua da deusa Devaki com a Virgem Maria. Álvaro Velho, o cronista da expedição, escreveu, muito iludido: "Jogaram água benta em nós. Havia santos pintados nas paredes da igreja, com coroas. Eram muito variados. Uns tinham dentes projetados da boca cerca de uma polegada, e quatro ou cinco braços”. Depois de concluir que o samorim não era trouxa, Vasco decidiu zarpar para Portugal. Na volta, morreram tantos marinheiros de escorbuto, que outro navio foi abandonado. Em setembro de 1499, a frota entrou de novo no Tejo.
No recrutamento de pessoas para as expedições portuguesas os músicos tocavam com força enquanto o escrivão examinava os moradores da vila de Viseu, no norte de Portugal. A indecisão era visível. A escolha, complicada: trocar a rotina melancólica de camponês pela glória incerta de marinheiro. No século XV, os recrutadores percorriam as vilas com bandinhas e promessas de riqueza. Reuniam a gente na praça e ofereciam a isca: 50% do salário ali mesmo, na hora, como garantia às famílias que cedessem o pai ou um filho. Mas exigiam fiador: o rei queria indenização se o voluntário, num ataque de bom senso, fugisse antes do embarque. Dois entre três homens que se arriscavam a singrar o "Mar Tenebroso" (como era chamado o Atlântico) jamais retornavam. Boa parte naufragava. Outro tanto sucumbia às condições sanitárias a bordo. Naufrágio, fome, doença, encalhes, piratas e ataques inimigos, eram o mínimo que um candidato a marinheiro deveria esperar. Dos 13 navios da armada de Cabral que veio ao Brasil, por exemplo, sete afundaram. Eram recrutados homens de 12 a 70 anos, mas meninos de 8 a 10 também embarcavam com os pais, como grumetes. Em missões perigosas, a coroa mandava presos e degredados. Se sobrevivessem, ganhavam de volta a liberdade.
A esquadra era comandada pelo capitão-mor, um fidalgo da pequena nobreza, escolhido pelo rei, em geral um militar provado em batalhas, que passava o cargo para filho - como o nobre dono de castelo legava a um descendente. Cada navio tinha seu capitão, o piloto e o mestre, que comandava os marinheiros. Os salários eram estipulados pela duração da viagem. Lucro, mesmo, dava o aprisionamento de navios estrangeiros. O rei ficava com 20%, o capitão-mor com 30% e o resto era dividido pela tripulação segundo a hierarquia.
Havia apenas um fogão à lenha a bordo, sobre uma chapa de ferro, coberta de areia. Com chuva ou muito vento não podia ser aceso. Comia-se muito peixe (às vezes cru), biscoitos úmidos (biscoito de marear, uma bolacha dura e salgada, quase sempre podre, perfurada por baratas e com bolor malcheiroso), carne de porco salgada e vinho diluído em água, que era racionadíssima. Para piorar, a comida e a água eram guardadas no porão, sem cuidados mínimos de higiene. A maioria dos marinheiros passava tão mal que não tinha forças para subir ao convés e fazer suas necessidades nos baldes reservados para isso. Faziam-nas no porão, muitas vezes já recoberto pelo fruto de seu próprio enjôo. O asseio era quase impossível. Banho só nas escalas, que podiam demorar semanas. A esse conjunto de circunstâncias tão favoráveis à proliferação de doenças é preciso acrescentar que naquela época o banho era considerado um malefício à saúde. Achava-se que dois, no máximo três por ano eram suficientes. Por isso, doenças de pele eram comuns. Para fazer as necessidades, usava-se um balde, pendurado do lado de fora do navio, para ser lavado pelas ondas. O papel higiênico era uma corda com a ponta desfiada, também dependurada no navio, uma espécie de pincel molhado à espera do próximo usuário. No sétimo mês, as gengivas dos marinheiros começavam a apodrecer e as pernas ficavam roxas. Era o escorbuto, a doença causada pela falta de vitamina C. Morriam muitos.
A medicina era precária. O almirante Fernão de Magalhães, que deu a volta ao mundo em 1519, tinha 65 drogas na farmácia. Uma delas era a teriaga, planta usada tanto contra verminoses e flechadas. Antes da aplicação, a ferida era queimada e regada com urina. Velas e cordas tinham que estar sempre prontas para as mudanças de vento. Havia poucas distrações. A missa, no domingo, era um programão. Apesar de proibido, o jogo corria solto.

Texto adaptado da superinteressante.


Você acha correto demonstrar como heróis da expansão marítima apenas os grandes navegadores? Porque?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Exploração da mão de obra INDÍGENA: subsistência contra o lucro

Assista ao vídeo, leia o texto e acesse o link correspondente a história do Brasil no perído colonial em seguida responda as questões propostas:




A produção agrícola indígena era voltada para subsistência, ou seja produzia apenas o necessário à sobrevivência. Não se produzia além do necessário, não havia o objetivo de comercializar o que era produzido. Tudo o que se produzia era consumido pela própria comunidade indígena. Isto gerou um choque de culturas quando ocorreram os primeiros contatos com os europeus que produziam voltados para o comércio, para a geração de excedentes.
Jean de Léry veio ao Brasil em 1556 e passou longo tempo, quando um grupo de franceses tentou estabelecer uma colônia no litoral do Rio de Janeiro sem autorização de Portugal. De volta à Europa, lançou o livro Viagem à Terra do Brasil, onde descreve minuciosamente a paisagem, a fauna e a flora da região da Baía de Guanabara, bem como a vida e os costumes indígenas. Seu relato fez muito sucesso na Europa, tendo sido traduzido para várias línguas e editado diversas vezes até o século XVIII. O trecho abaixo mostra a perplexidade do índio diante da irracionalidade das práticas mercantilistas:
Diálogo de Jean de Léry com um índio
Uma vez, um velho perguntou-me:
- Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?
Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente:
- E por ventura precisais de muito?
Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.
- Ah! Tu me contas maravilhas, mas esse homem rico de que me falas não morre?
Sim, disse eu, morre como os outros.
- E quando morrem com quem fica o que deixam?
Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos.
- Na verdade agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados. (Jean de Léry, Viagem à terra do Brasil, p. 169-170.)
O escambo era a troca de um produto (ibirapitanga – pau-brasil) por outro onde em troca de espelhos, pentes, pedaços de pano, chapéus, facas, machados, tesouras, anzóis de metal (os índios tinham grande interesse por ferramentas metálicas já que as mesmas encurtavam muito o tempo de trabalho) os índios cortavam e transportavam as toras de madeira nos ombros por longas distâncias até os navios.
Como resultado da intensa extração, não demorou para que o pau-brasil, em poucas décadas, começasse a se tornar escasso. Somente no século XVI foram derrubados aproximadamente 2 milhões de árvores de pau-brasil, afetando cerca de 6 mil quilômetros quadrados da Mata Atlântica, a exuberante floresta que se estendia pelo litoral brasileiro. Hoje, o pau-brasil é considerado uma árvore em vias de extinção. A extração do pau-brasil marca o início do desmatamento indiscriminado das florestas brasileiras. O mesmo destino tiveram muitas árvores frutíferas, derrubadas sem preocupação com o replantio. Este comportamento predatório tem como princípio a “crença da abundância fácil, sem trabalho e infindável. A ilusão da existência permanente de novas áreas virgens para a ocupação econômica criou atitudes, visões de mundo e táticas de exploração econômica em que tudo era tirado, destruído e abandonado a própria sorte sem reposição alguma”. (Laima Mesgravis. O Brasil nos primeiros séculos. p. 62)
Hoje em dia percebemos que, apesar de imensos, os recursos florestais brasileiros não eram inesgotáveis. Prova disso foi a devastação da Mata Atlântica. Calcula-se que, em 1500, ela ocupava uma faixa de 1 milhão de quilômetros quadrados – o equivalente a cerca de 12% da área atual do país. Sua derrubada começou com a extração do pau-brasil. Da floresta existente em 1500, hoje restam apenas 8% espalhados em matas que, em boa parte, ficam dentro de propriedades particulares.
O trabalho indígena foi sendo utilizado para outras atividades aumentando a exploração como adquirir alimentos, ajudar na construção das casas e fortificações, na derrubada das matas para o cultivo, no trabalho agrícola. Os índios por sua vez, passaram a exigir em troca produtos de melhor qualidade (espadas, mosquetes) e em maior quantidade tornando o escambo caro aos portugueses. O interesse do índio em trabalhar prestar serviços aos portugueses foi diminuindo o que gerou o trabalho forçado (escravidão) da população indígena. Este momento coincidiu com a necessidade do governo português iniciar a colonização que tinha como princípios básicos ocupar as terras, explorar riquezas e dominar as populações nativas.
Foram organizadas expedições com centenas de homens que eram compostas por uma minoria branca (comandantes que usavam botas e roupas de couro) e uma maioria mestiça e indígena (com roupas velhas e descalços). Aproveitava a rivalidade entre os índios (guaranis e tupis) atacando aldeias indígenas com o apoio da tribo rival e utilizavam os conhecimentos indígenas para sobreviver na floresta por muitos dias. Levavam apenas o indispensável: munição, armas, machados, cordas para amarrar os prisioneiros, sal e alimentos. Caçavam, pescavam, coletavam frutos e roubavam as plantações dos índios.
O governo português e a Igreja católica condenavam e dificultavam a escravização dos índios, contudo os colonos conseguiam brechas e exceções nas leis para escravizá-los. Foram variadas as formas e justificativas para a escravização dos índios a exemplo do resgate, da voluntária, do casamento forçado, da guerra justa e dos bandeirantes . No resgate índios prisioneiros condenados à morte por tribos adversárias eram vendidos aos colonizadores o que estimulava as guerras intertribais. Na voluntária os índios se ofereciam e ofereciam aos seus filhos quando escapavam da destruição das suas tribos e por não conseguirem sobreviver durante as fugas. No casamento forçado ocorriam matrimônios de índios com africanos no intuito de os filhos da relação poder ser escravizados perante a lei que proibia a escravização indígena. Na guerra justa que inicialmente só era autorizada pelo rei e pelos governantes locais contra as tribos antropofágicas. Na dos bandeirantes eram organizados grupos armados e especializados em encontrar e capturar índios para vender como escravos.




1 – O que caracteriza a produção agrícola indígena?
2 – Por que o índio no diálogo com Jean de Léry considerou os franceses grandes loucos?
3 – Quais as conseqüências da exploração do ibirapitanga para a Mata Atlântica?
4 – O que gerou a escravização dos índios?
5 – Quais as estratégias utilizadas na captura dos índios?
6 – Quais eram as formas e justificativas para a escravização dos índios?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

COLISSEU no contexto da política do pão e circo

Assista aos vídeos relacionados ao Império Romano que focam o Colisseu no contexto da política do pão e circo e responda a questão abaixo dos vídeos.







Qual o papel do Colisseu no contexto da política do pão e circo? Porque o Colisseu reflete a mentalidade militarista-escravista da cilvilização romana? Quais são os colisseus da atualidade?

Evolução Humana

Assista ao vídeo abaixo, leia o texto Variedade simultânea de hominídeos e pesquise na internet o hominídeo escolhido pela sua equipe através dos links disponibilizados como Homo, Australipithecus e outros mais e responda a atividade abaixo do vídeo:



Este documentário pode ser visto na íntegra no site do youtube entitulado La evolucion del hombre e está dividido em mais de dez partes!




Variedade simultânea de hominídeos

Quanto mais se recua para o passado, mais bichos entram para o círculo de parentesco do homem. As diferenças com o homem vão ficando cada vez maiores, mas algumas características básicas da humanidade são preservadas. A primeira linha horizontal da tabela agrupa todos os membros da ordem dos Primatas. Essa ordem agrupa os bichos mais parecidos com o homem entre todos os mamíferos. Nesse nível, até os pequenos lêmures, semelhantes aos roedores, são parentes nossos. A segunda linha é a subordem dos antropóides, que se opõem aos prossímios. Em seguida, vê-se a família do homem, a dos hominídeos. O ramidus, por ter sido hominídeo, está mais próximo do homem do que o chimpanzé. Este, com o gorila e o orangotango, é da família dos pongídeos, a mais próxima dos hominídeos, entre os antropóides. A linha seguinte mostra os australopitecos, onde duas espécies - o ramidus e o afarensis - estão na linhagem do homem. O africanus, do mesmo gênero, tinha traços divergentes. Não é considerado ancestral humano. Aí reside a importância do ramidus, que pode fornecer dados precisos sobre essa era de transição. Os paleoantropólogos estão diante de um mundo em que os animais da linhagem humana eram muito mais numerosos do que hoje, confundindo-se com australopitecos, macacos e outros animais. Era muito mais interessante que o mundo atual, em que os únicos hominídeos somos nós.
No norte do Quênia, em um sítio de escavação de fósseis às margens do Lago Turkana, os paleantropólogos descobriram que pelo menos quatro tipos de hominídeos disputavam a hegemonia do planeta há cerca de 1,8 milhão de anos. Vestígios de fósseis do Australopithecus boisei, do Homo rudolfensis, do Homo habilis e do Homo ergaster (erectus) datados desse período, comprovam que eles andaram sobre a mesma savana e é bem provável que tenham se cruzado. Havia vários tipos de hominídeos vivendo simultaneamente (em uma mesma época) nesta região africana. Como foi esse encontro? É difícil dizer. Mas os pesquisadores sabem que "convivência" não é a palavra mais adequada para definir o que deve ter ocorrido. O que se sabe é que, a não ser pelo fato de serem bípedes e usarem ferramentas (toscas, feitas de pedra), eles não tinham quase nada do que hoje define o homem moderno. Desde a década de 70, os paleantropólogos sabem que antes de qualquer vestígio cultural, como a troca de alimentos entre grupos, ou anatômico, como aumento do cérebro, o traço mais importante que marca o início da história do homem é termos nos tornado bípedes. Foi graças a Lucy, o esqueleto de Australopithecus afarensis com 3,2 milhões de anos achado na Etiópia em 1974 (batizado em homenagem à música dos Beatles "Lucy in the Sky with Diamonds"), que os pesquisadores concluíram que andar sobre dois membros foi a mudança decisiva que nos separou dos outros macacos. O esqueleto de Lucy, na época o mais antigo fóssil de nossos ancestrais já encontrado, era semelhante ao do homem moderno. Mas seu crânio era mais parecido com o de um chimpanzé: o cérebro de Lucy tinha o tamanho de uma mexerica.
Mas essa hipótese, como tantas outras na história das teorias da evolução, vem sendo questionada. Em 1994, o antropólogo Tim White, da Universidade da Califórnia, encontrou, também na Etiópia, fósseis com 4,4 milhões de anos. Como esses fragmentos de ossos são mais primitivos do que os de Lucy, eles chamaram as novas espécies de Ardipithecus ramidus. (Ardi, na língua local significa chão e ramidus, raiz.) Ao lado dos fósseis, ossos de animais, madeira petrificada e outros vestígios indicam que a região era cheia de árvores quando o ramidus vivia por lá. Menos de um ano depois da descoberta do ramidus, a paleantropóloga Meave Leakey - mulher do legendário caçador de fósseis Richard Leakey, autor de best-sellers como The Sixth Extinction - encontrou no Quênia fósseis de outra espécie, o Australopithecus anamensis, um pouco mais jovem: 4,2 milhões de anos. O anamensis era certamente bípede. E o número de ancestrais vem aumentando desde então. No ano passado, foi a vez do Australopithecus garhi, um elo provável que liga espécies primitivas como o afarensis aos primeiros humanos. A cada nova descoberta, surgem novas evidências de que umas espécies estavam acompanhadas de outras. E de que esse número de hominídeos que disputavam a primazia de virar aquilo que hoje chamamos de espécie humana deve aumentar. "Essa quantidade de espécies ainda é pequena em relação ao que devemos encontrar daqui a alguns anos", diz Ian Tattesall, antropólogo do Museu Americano de História Natural e autor do livro Extinct Humans, lançado em agosto deste ano nos Estados Unidos. Para ele, o quebra-cabeça da evolução vai se mostrar maior e rico em detalhes do que os velhos modelos que explicavam nossas origens jamais supuseram.
Se você pensa que é diferente dos macacos porque tem o cérebro maior que o deles, e acredita que foi por ser mais inteligente que começou a andar com duas pernas, bem, você errou. O seu crânio é mesmo maior, mas o que separou você dos macacos foram os pés. Para os antropólogos, a massa cinzenta do homem só cresceu depois que seus primeiros ancestrais, os hominídeos, ficaram eretos. Aí, tiveram as mãos livres para confeccionar instrumentos e para outras artes - e foram essas tarefas que estimularam o aprimoramento do raciocínio. Se nosso passado foi tão rico em diversidade de espécies, por que somente nós, Homo sapiens, sobrevivemos? Que diferencial nos garantiu sobrepujar os hominídeos que disputavam conosco o direito de continuar existindo? Nenhum paleantropólogo de bom senso arriscaria responder assertivamente a essas perguntas. Mas é bastante provável que as respostas venham a ser dadas por um único evento: a chamada explosão criativa do paleolítico superior. Apesar de a biologia molecular estimar que o Homo sapiens tenha surgido há cerca de 200 000 anos, foi só por volta de 45 000 anos atrás que ele desencadeou essa revolução tecnológica. Trata-se de um período de acelerado desenvolvimento da linguagem e da produção de ferramentas. Em conseqüência, a capacidade de se comunicar e de guerrear evoluiu muito mais entre os Homo sapiens do que entre as outras duas espécies - o Homo erectus na Ásia e o Homem de Neanderthal na Europa e no Oriente Médio - que disputavam com eles a hegemonia do planeta. Os pesquisadores acreditam que, em vários momentos, o Homo sapiens deve ter tentado sair da África e entrar na Europa pelo Oriente Médio - mas foi provavelmente barrado pelos Neanderthais, que eram mais fortes. Em Israel há diversos sítios com vestígios de que sapiens e Neanderthais viveram próximos. Há quem acredite que o fóssil de uma criança encontrado em Portugal possa ser de um filho de um neandertal com sapiens, apesar de a maioria dos pesquisadores achar impossível chegar a essa conclusão a partir dos ossos de uma única criança.
Logo depois da explosão criativa, nossa espécie teria conseguido entrar na Europa. Seguramente à custa das novas ferramentas e da sua capacidade de comunicação. (Imagine um Neanderthal tentando avisar outro, com grunhidos, da chegada de um grupo de ataque organizado.) Ninguém sabe como os Neanderthais se extinguiram. E nem os erectus, que eram ainda mais atrasados. Não há vestígios suficientes que comprovem que essas espécies tenham sido exterminadas pelas novas armas e capacidades do Homo sapiens. É possível que essa extinção tenha ocorrido indiretamente pela disputa de recursos naturais. Para o inglês Christopher Stringer, do Museu de História Natural de Londres, foi a migração do sapiens sapiens da África para a Europa que levou à extinção dos neandertais. O choque físico e cultural entre as duas espécies teria ocorrido nos últimos milhares de anos que antecederam o sumiço de uma delas. O cientista argumenta que os sapiens migrantes teriam chegado em grande número e tomado as meIhores regiões de seus tradicionais ocupantes. Mas ninguém precisa sentir culpa por esse terrível caso de extinção de uma espécie. As relações entre as duas populações não teriam sido violentas a ponto de levar a um massacre. Stringer pensa em algo bem mais sofisticado, pois atribui o desaparecimento à legítima competição por alimentos e outros recursos. "Nesse combate, o neandertal gradualmente saiu perdedor”. É possível checar tais argumentos. Cálculos simples mostram que um acréscimo de apenas 2% na taxa média de mortalidade, devido a doenças, seria o suficiente para extinguir os neandertais no curto prazo de 1000 anos. Uma eventual deficiência alimentar, ou mera insalubridade, poderia provocar tal situação. Além disso, existem outras possibilidades, ligadas a questões climáticas e morfológicas: o neandertal pode ter sofrido com o aumento gradual da temperatura na Europa, pois estava superadaptado ao clima frio da Era Glacial. De maneira um pouco menos convincente, também se especula que ele teria sido prejudicado por não ser fisicamente capaz de falar.
Essa suposição é aventada pelo antropólogo e anatomista Jeffrey Laitman, da Escola de Medicina Monte Sinai, de Nova York. O homem, diz Laitman, é o único mamífero terrestre que tem a placa óssea em forma curvilínea. Ela é uma peça fundamental no aparelho fonador, pois liga o céu da boca à laringe, na parte inferior da caixa encefálica. O fato de ela ser curvilínea abre espaço para a entrada de ar e facilita a produção e articulação de sons complicados no final da traquéia. Para chegar ao modelo atual, a morfologia humana mudou gradualmente ao longo de 1,5 milhão de anos - mas o neandertal não acusa sinais significativos dessa alteração. Sua placa óssea é relativamente plana, analisa Laitman. O problema é associar esse traço morfológico com algo tão complexo quanto a fala. Como criticam alguns lingüistas, o papagaio não tem placa nenhuma e isso não o impede de produzir sons. Em todo o caso, se a tese de Laitman puder ser confirmada, certamente traria desvantagens ao neandertal. A linguagem é essencial para se planejar ações futuras, ou para rever ações passadas. Por meio de símbolos (sonoros ou escritos), a linguagem "representa" os fatos na mente e permite raciocino, ou seja, mudar ou desfazer as ações imaginárias, como se fossem reais. Então, mesmo que o neandertal pudesse falar, mas tivesse uma linguagem pobre, isso o prejudicaria, na competição com o sapiens sapiens. Essa variante menos radical da tese de Laitman é defendida pelo arqueólogo Lewis Binford, da Universidade Metodista Meridional, Estados Unidos. Seja qual for a razão, o fato é que, há cerca de 30 000 anos, desapareceram todos os rastros do neandertal no tempo e no espaço.
O que dá para dizer é que o surgimento do que chamamos de cultura - que começou exatamente há 45 000 anos com a explosão criativa - marcou também o próprio surgimento do homem moderno. Essa é a grande esquina da história que determinou que o Homo sapiens seria a primeira espécie animal a deixar de depender da evolução natural para se desenvolver. Daquele momento para cá, mas especialmente daqui para diante, poderá até haver algumas mudanças leves na configuração da nossa espécie. Mas, para o bem e para o mal, estamos aqui para ficar.

Texto adaptado da revista superinteressante




Procurem responder as seguintes questões:
1ª)Quando surgiu o hominídeo pesquisado pela equipe?
2ª)Com quais outros hominídeos conviveu?
3ª)Quais as características do hominídeo pesquisado quanto a:
a) Volume craniano
b) Tipo de alimentação
c) Habilidades
4ª)Quando deixou de existir este hominídeo? Quais motivos levaram a sua extinção?

Nelson Marques Andrade